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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

EU





eu

... rsrsrsrs, ouço Milton, Chico, U2, Titãs e Boldrin. Ainda gosto de ler, sou fiel as minhas raízes, aos meus amigos. Não tenho assistido muito as TVs abertas, nem tenho permitido que o Bonner me convença. Se sou caipira? Com certeza! Não sou anti social, talvez eu seja anti alguns costumes, anti alguns modismos, anti algumas pessoas. Sim! Ainda sou daqueles que se emocionam, choram e falam sozinhos. Já li Dom Quixote e tomei Kisuco. Tenho fé, acredito na democracia e no lado bom das pessoas. rsrsrsrs, não se assuste, pode não parecer, mas sou normal...



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

GESTOS



Alguns gestos fazem do homem a sua constituição de vida e princípios. Alguns gestos, por mais simples que pareçam ser, fazem de uma pessoa aquilo que ela pode ter de melhor. Quando despercebidamente você saca a rolha de uma garrafa de vinho, a sua intenção de imediato talvez seja apenas saborear aquela bebida. Em sua concepção, não importa se é um verdadeiro chatô, ou um simples e popular sangue de boi. Porem, ao notar o líquido escorrendo da garrafa e inundando a sua taça, inúmeros pensamentos escorrem de você transbordando sua vida, repleto de questionamentos, de suposições, medos, inseguranças, decepções e incertezas. Os gestos simplórios do dia-a-dia como um “bom dia” verdadeiro, um “oi” real e sem máscaras, constituem o seu ser. Um abraço recebido por quem ama, ou por uma criança assustada nunca deixará de ser um abraço, contido de segurança, afeto e carinho. Um olhar que atinja a alma, dizendo tudo sem uma única palavra expõem a sua vida, expõem oque você realmente é. As máscaras caem, a busca incessante de provar oque não é, traz ao homem o seu vazio intimo, aquele vazio que só ele e Deus sabem o quanto o intimida. O vazio da hora em que a face toca o travesseiro, o vazio contido nas palavras e nos elogios baratos e falsos vindo dos herdeiros da hipocrisia. O vazio do abraço sem calor, que o homem usa apenas para saciar a carência física como a carência do último cigarro da última carteira. O sorriso surge, a falsa sensação de felicidade toma contra embriagada pela cerveja da moda. Pela roupa da “vitrine” imposta, pela última aquisição cara porem fútil ou pelo balanço do ultimo hite musical midiático e medíocre. O sorriso estampa sua solidão, demonstra o seu vazio, porem frustra seus seguidores, pois, seus gestos falam mais que suas palavras. Suas atitudes expõem sua essência desmontando sua maquiagem revelando quem você realmente é. É a hora em que a taça do vinho é inundada. É o momento da verdade, suas mão tremulas mal sustentam o peso da garrafa, mas você está ali, firme, falso e forte. É a hora em que o homem vende a alma, por míseros 1,99. O momento em que nada do que há de conteúdo dentro de você ou as pessoas acreditam que você tenha ou seja, é jogado no lixo como um cotonete usado. Você até tenta, as vezes até aquela silenciosa lagrima insiste em surgir, e de repente você pode ser tomado por profundidade de valores, sentimentos e sinceridade. Ou simplesmente ser tomado pelo o que há de mais inútil na vida humana, “a vazies”. Mas aí vem a euforia, o sorriso, o riso ou a risada. Sorri é bom, sorrir de tudo é carência. Carência de vida, carência de si, carência de verdades.
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Londrina, Norte, Brazil
Ler, eis a diferença.