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sexta-feira, 30 de agosto de 2019

AO REDOR, IMPOSTO

Foi culpa dos olhos teus.
Ainda mais culpado, foi seu sorriso.
Sua gargalhada espontânea, cheia de vida.
Culpo seu falar, seu agir, seu ser.
Um ser cheio de culpas, de culpas por ser assim.
Tão Você.
E se não bastassem tantas ofensas, contra minha ingênua
forma de amar, ainda existem os insanos detalhes que ligam
você de um ponto ao outro, dentro de mim.
… e se um dia, fores julgada, sim! Serás condenada
por me prender em ti de forma tão insana e doentia.
Quando olhas ao longe, sei o que busca. Quando ouve,
sente, arrepia. Inundam os olhos. Cala-se a voz, apega-se
ao suspiro. Sei! E como sei!
Assim, cala-se um sonho, talvez, ao redor imposto. Mas segue o vento
que sugere a brisa, brisa que insiste afagar a dor, por mais

impossível que seja o amor...




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Londrina, Norte, Brazil
Ler, eis a diferença.