UMA CANÇÃO AO PANEMA
De cá de dentro de mim, olho ao longe pra entender a natureza.
Aperta o peito a tristeza de saudades do sertão.
Pelas ruas e esquinas na loucura da cidade onde chora a liberdade prisioneira da ambição.
Larguei o campo, fui aos sonhos de sucesso, ganhei tudo até confesso sou chamado de patrão.
O carro novo, a gravata, a etiqueta tudo lindo mas distante das raízes de peão.
O carro de boi a carroça, a viola abençoada , a sanfona e o violão.
Terra roxa pelas veias sou caboclo meu irmão.
De cá de dentro de mim, olho ao longe pra entender a natureza.
Aperta o peito a tristeza de saudades do sertão.
Pelas ruas e esquinas na loucura da cidade onde chora a liberdade prisioneira da ambição.
Não me fez feliz a riqueza que a vida pode dar, calos nas mãos face suada, poeira na alma acumulada.
Vou por meu pé na estrada, ouvir de novo a seriema, caminhar pela estradinha, vou retornar ao meu Panema.