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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

MINHAS RAÍZES

UMA CANÇÃO AO PANEMA


De cá de dentro de mim, olho ao longe pra entender a natureza.
Aperta o peito a tristeza de saudades do sertão.
Pelas ruas e esquinas na loucura da cidade onde chora a liberdade prisioneira da ambição.
Larguei o campo, fui aos sonhos de sucesso, ganhei tudo até confesso sou chamado de patrão.

O carro novo, a gravata, a etiqueta tudo lindo mas distante das raízes de peão.
O carro de boi a carroça, a viola abençoada , a sanfona e o violão.
Terra roxa pelas veias sou caboclo meu irmão.

De cá de dentro de mim, olho ao longe pra entender a natureza.
Aperta o peito a tristeza de saudades do sertão.
Pelas ruas e esquinas na loucura da cidade onde chora a liberdade prisioneira da ambição.

Não me fez feliz a riqueza que a vida pode dar, calos nas mãos face suada, poeira na alma acumulada.
Vou por meu pé na estrada, ouvir de novo a seriema, caminhar pela estradinha, vou retornar ao meu Panema.

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