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quinta-feira, 31 de maio de 2012

TERRA A VISTA E A LONGO PRAZO

E quando ao continente atracou, em mãos um espelho entregou.
Incandescia a alma como um candeeiro, chamaram-te de amigo, era o encontro do lobo com o cordeiro.
Vieram cedas e cetim, levaram nossa alma, era o principio do fim.
Candeeiro incandescente, chama que ilumina o desatino.
Fizeram de cinzas a vida a gente. Fizeram de cinzas o indio Galdino.

Como pode esta gente, sonhar ser independente, se até a igreja mente. Como pode esta gente, sonhar ser independente se o padre e o pastor dizimam a fé da gente.

Pinta-se o rosto pra guerra.
Nina-se o curumim ao sonho da terra.
Santa Maria mãe de Deus rogai por nós os pelados pecadores.

Como pode esta gente, sonhar ser independente, se até a igreja mente.
Como pode esta gente, ainda sonhar ser independente se o padre e o pastor roubam o dinheiro da gente.

Veja ali na calçada, quase ao seu alcance, e sem as vestias de cetim.
Ainda engatinha buscado um nada, o menino curumim.
A net invadindo as tabas, nas redes um vazio um nada.
Da ditadura dos gatilhos dos cassetetes e dos porões.
À ditadura das canetas dos holofotes, e .com.

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